Em 20
de março de 2012, uma mulher foi suspeita de mandar entregar para uma
menina chamada Talita, de 14 anos, uma caixa com brigadeiros que contia
chumbinho, um veneno usado para matar ratos. A menina planejava sua festa
de 15 anos e recebeu os doces de um taxista, com um bilhete dizendo se tratar
de amostras de doces para sua festa. Os doces foram consumidos por quatro
adolescentes, que acabaram no hospital por suspeita de envenenamento. Talita
acabou sofrendo duas paradas cardiorrespiratórias e precisou ser internada
na UTI. O taxista disse ter entregado os doces a pedido de uma mulher que o
contratou em frente a um Shopping Center na região Sul de Curitiba, as imagens
das câmeras de segurança do shopping ajudaram a identificar a principal
suspeita. Uma perícia apontou presença do inseticida Terbufos nos doces que não
foram ingeridos, nesses doces foi encontrado um fio de cabelo
que contribuiu para descoberta do suspeito.
A análise toxicológica
foi um forte instrumento indiciário e neste caso foi de extrema
importância, pois identificou a presença de chumbinho nos brigadeiros ajudando
a finalizar o caso.
As
análises toxicológicas englobam as etapas de detecção, identificação,
quantificação de substâncias, e interpretação dos resultados obtidos na
análise. A cromatografia em camada delgada é uma das formas de verificar a
presença de chumbinho e mostrou ser bastante adequada para o auxílio do diagnóstico
da intoxicação, pois todas as pessoas intoxicadas apresentavam grânulos
enegrecidos no conteúdo gástrico, fazendo com que a confirmação qualitativa
fosse suficiente para o diagnóstico laboratorial.
É importante o
estabelecimento da relação de causa e efeito para verificar se a substância
analisada é a responsável pelo resultado concreto. Esta análise não pode conter
equívocos para assim possibilitar um laudo confiável.